sexta-feira, 20 de abril de 2007


Quando te vais embora de nós
o pronome parte-se ao meio
tu dizes que só levas o "s"
e o que adianta?
se comigo sobra o nó
na garganta.

sexta-feira, 13 de abril de 2007


Não deixes que eu desapareça da tua vida, antes de precisares de mim... Não deixes que eu me vá embora, sem antes saberes quem sou e quais os meus sonhos... Quem sabe não são os mesmos sonhos que os teus...? Quem sabe...? Não me percas de vista nunca... Pode ser que um dia tu tenhas vontade de me ver...

Algumas (breves) palavras para ti...


Amor:
Simplesmente algumas palavras ...

Recordei memórias proibidas, palavras sem eco... como se num papel pudéssemos eternizar o instante, congelar a realidade, na esperança de um futuro escolhido. Não sei se foi a saudade que se infiltrou no Meu sossego ou apenas a nostalgia de um dia de Inverno..., irrelevante face ao desejo da lembrança... tentei afugentar a sombra teimosa do passado, a imagem dos sorrisos que perdi... e naquela dança de movimentos em que os sentidos se envolveram apenas consegui abraçar-te...

Está frio... O frio teimava em expulsar-me mas a vontade de me perder por estas linhas, obriga-me a permanecer... Bati as mãos frias e despertei para a realidade, naquele cenário solitário e sem abrigo, uma vez mais te aprisionei na ilusão de um sonho... e naquele recanto isolado da vida, perdido na mente, sem testemunhas dos nossos delitos, liguei o teu numero...Mas do outro lado apenas a tua voz fria ... Virei as costas e atirei ao vento aquele objecto de amor portátil...Continuei..Olhei a folha em branco, queria escrever mas as palavras apenas repetiam o teu nome, escrevi-o, risquei-o, vezes sem conta, como se pudesse esvaziar o peito da tua presença...Escrever, como se dessa forma pudesse realizar o desejo, redimir-te dos carinhos que esqueci na pressa de te amar... Rasgar, a última opção, sem limite, sem medida, apenas rasgar, até que o cansaço me devolvesse a lucidez, me libertasse da impotência de querer dizer algo e não conseguir...

Tentei imaginar cenários onde as palavras se encaixassem, só consegui fixar a tua imagem, a tua presença, doce como me tentavas naquelas noites em que nos perdíamos a sonhar... Foi fácil descobrirmos o quanto éramos semelhantes, dois obstinados, perdidos no espanto da descoberta..., a vida sem sal era inútil...
Vivemos na dependência do diário, do constante, esquecemos o mundo que nos sufocava e explodíamos…Escrever-te era imperioso, como uma imposição da minha mente, curioso como se metia nos assuntos do coração...Perdi a conta às tentativas, as bolas de papel eram a prova da minha incapacidade de te espantar, de agitar todo este amor que sinto por ti... mas as palavras são como setas..., por vezes falham o alvo...Forcei a minha memória, tentei descobrir as chaves secretas para a tua alma, apenas o silêncio me inundava...
Olhei à minha volta, como era fácil escrever-te, afinal... e naquela solitária enviei-te a eternidade... Num... AMO-TE. Regressei... lembrei a tua voz quente e doce... sempre bondosa...

Apenas deixei a alma falar, envolver as palavras eram apenas mais uma forma de fazer com que tu soubesses tudo o que estava aqui dentro...Tentei descobrir o teu nome naquele copo de leite, mas só consegui ver o fumo que se evadia e que me trazia a lembrança de tudo o que fizemos juntos... O que estarás a fazer neste momento? Tentei colorir o vazio que se instalava, como se o dia se tivesse demitido de convencer o frio, espantar as nuvens que seduziam o sol e quem sabe descobrir-te algures naquele céu imenso. Imaginava-te a chegar, mesmo sabendo que estavas longe, a partilhar comigo todas as memórias vividas... As saudades que tenho de tudo o que passamos... Tenho saudades do passado... Limitei-me a ver-te partir, sem hesitação, queimas-te as asas para que o desejo não te elevasse, nem o Meu adeus levaste... Amor só agora me apercebi de como és único e a fragilidade que aparentemente me oferecias era tão pura como tu...! Lembro-me de todas as aventuras e loucuras que fizemos... tudo que passamos...escondemos os segredos que carregamos, onde nasceu o desejo de eternizar a magia...

Sabia que partirias sem aviso, nem um adeus me deixarias, apenas o suspense, a dúvida que um dia voltarias... tentei prender-te com todas as minhas forças e talvez face à força do desejo te rendesses à esperança de um amanhã sonhado... A ilusão de quem só tem um futuro, para quem nada mais vale sem o teu cheiro, o teu sorriso..., talvez um dia a realidade me surpreenda e te traga de volta e aquele rio onde o amor se esconde...A tua nudez, os teus cabelos, o teu olhar imenso como o mar faziam inveja a muitos pintores... e eu, guardiã solitária da tua beleza, dos tesouros que me oferecias, divagava pelas fantasias que a paixão inventava...

Sabes amor, o nosso pacto não incluía a dor, apenas a saudade..., a memória efémera de um passado à prova de bala... e a eterna dúvida das conversas inacabadas...Recordações do sentido do Meu sentimento, um dia fatídico... Estremeci, tocou naquele dia o Meu telemóvel, eras tu... Vinhas ao meu encontro...Pedi à solidão que nos deixasse sós... tínhamos uma batalha a travar e não queria que fosse atingida pelo acaso, procurei as armas para te vencer mas apenas descobri despojos da tua presença... acho que fui bebendo naquela esperança sem sentido, sem saída..., até que a minha embriagada tristeza se diluiu no ar frio.

Tornei-me maior do que sou porque as minhas palavras o desejam ser, porque transportam a voz da minha alma... Tal como um vidro vulgar reflecte o sol de uma forma mágica, assim eu sou! Parto sem rumo, todos os horizontes se aceitam, todas as missões são possíveis, todos os sonhos são legítimos! Ficam as memórias de um tempo sem tempo, de um espaço onde o sol e estrelas coexistiram em harmonia perfeita, de um sonho por inventar. Deixo-te no silêncio de um adeus, de um beijo roubado pela saudade que sinto... muitas...
“Talvez nunca te descubra nos sinais que me deixas e me perca no labirinto da dúvida mas, enquanto puder caminhar seguirei o teu rasto... até onde a vida me levar!”Amar é viver na corda bamba e o fim apenas a consequência de quem o fez demais... e esgotou a necessidade... Espero que me perdoes um dia pelo mal que te possa ter causado... Quem sabe se esse dia estará para breve... Serás sempre o meu Amorzinho Lindo...

Onde quer que estejas e independentemente do rumo que a tua vida levar, sempre que a noite e a lua com ela chegar, quero que a procures no céu nocturo e penses em mim, porque, onde quer que eu esteja é precisamente isso que eu vou fazer pensando em ti...

Perdida em meus pensamentos...

A pensar em ti... Onde estás? Meu principe... Onde está esse teu cavalo branco?

Quando me vens buscar?

Quero sair daqui. Onde estás tu?

Vem tirar-me daqui, onde os minutos parecem horas, as horas dias e os dias anos...

Onde estás tu?

Será que estás longe? Perto? Não sei...

Meus pensamentos estão tentando encontrar-te, mas não conseguem...

Quero encontrar-te, quero ter-te em meus braços, quero que sejas meu, para sempre...

Sentir esses lábios, olhar no profundo dos teus olhos, e em silêncio dizer AMO-TE.


PORQUE A TUA AUSÊNCIA ESTÁ A TORNAR-SE UM PESADELO...


PORQUE TER-TE AQUI SIGNIFICA SEMPRE TANTO PARA MIM...


PERDOA-ME LINDO...

domingo, 8 de abril de 2007

.........





Que escolha é essa?
Como escolher?
Se a cada escolha sei que vou perder,
Como esperar?
Se a cada dia meu olhar teima em te procurar,
Como disfarçar?
Se minha boca chama pela tua,
Como fazer?
Pra não me perder,
Se já nem sei o caminho,
Como caminhar?
Se a cada passo me vejo retornar,
Como esquecer?
Se em minha boca,
ainda sinto teu gosto,
Como adormecer?
Se ao acordar tudo vai continuar,
Como um deserto,
Onde habito,
Em meio as mentiras que respiro,
Nas migalhas de lembranças,
A ultima chama que se apaga,
Aplaca a dor que me corta o peito,
Desse jeito estreito de odiar-te e amar-te.

Quem...


Quem ama sente ciúmes (muito ou pouco, não importa), mas sente sim.
Quem deixou de amar já não se importa, e deixa o outro totalmente à vontade, para que ele próprio possa estar também assim.
Quem ama, vez por outra dá uma patrulhada no território e delimita as suas fronteiras.
Quem deixou de amar já não fiscaliza, é frio, controlado e jamais perde as estribeiras.
Quem ama sempre acha tempo e encontra um jeito para estar com seu amor.
Quem deixou de amar vai postergando sem pressa, deixando que o vento sopre a seu favor. Quem ama faz perguntas pessoais e usa muito o pronome "nós".
Quem deixou de amar conversa banalidades e esquece o significado do advérbio "a sós ".
Quem ama quer saber da vida do outro com detalhes e transparência.
Quem deixou de amar se esquiva e não cobra do outro mais nada, nem ao menos coerência. Quem ama é pródigo em e-mails, telefonemas e com muito carinho dá um jeitinho de marcar presença.
Quem deixou de amar é pródigo em desculpas e pretextos com os quais passa um verniz para disfarçar a indiferença.
Quem ama é naturalmente fiel e está sempre voltado às necessidades do outro ser.
Quem deixou de amar só é fiel a si próprio e ao seu bem estar e já não percebe os danos que causa, querendo ou sem querer.
Quem ama mas não pode corresponder por imperativos das circunstâncias, abre o jogo e usa de sinceridade.
Quem deixou de amar não descarta o outro do baralho, para o caso de uma eventualidade.
Será que neste momento você ama ou deixou de amar?
Se ainda ama, eu sei que providências irá tomar .
E se já não ama, com certeza irá se calar... ou talvez até dizer :
- Face ao exposto, nada tenho a declarar!

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Amo-te


Vives dias sem ninguém,

até que num dia acordas com quem te faz feliz

e pela manhã te diz: “Amo-te”.

Alguém que te dá os braços como refúgio,

as mãos como apoio e o coração como abrigo.

Alguém a quem dás o melhor de ti,

alguém que o coração reclama como sendo seu

e que tu tomas como para sempre teu…

Para sempre, meu amor.

Vives o dia a dia.

Cada dia um novo desafio.

Cada dia maior o calafrio

quando pensas num amanhã sem esse amor.

Não quero sentir essa dor.

Então lutas e nem sempre vences,

mas no fim lá vence aquilo que tu sentes…

E é aquilo que sentimos que nos faz acordar todos os dias

e pensar que vale a pena amar.

Amo-te!